Eu, pecador, me confesso
De ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau Que vão ao leme da nau Nesta deriva em que vou. Me confessoPossesso Das virtudes teologais, Que são três, E dos pecados mortais, Que são sete, Quando a terra não repete Que são mais. Me confesso O dono das minhas horas O das facadas cegas e raivosas, E o das ternuras lúcidas e mansas. E de ser de qualquer modo Andanças Do mesmo todo. (Miguel Torga)
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